
Aqui estou despida de mim mesma
Entregue a estes versos, à poesia,
E sem qualquer pudor, sem heresia,
A macular papéis da branca resma...
Aqui sou alma em forma de soneto,
Que tange a lira sem receio, medos,
A rabiscar os versos, seus enredos,
A desvelar meu lado mais secreto!
Somente a poesia a mim me abeira,
E aceito, sem pudor, os seus convites
Expondo os sentimentos meus imersos...
Despida e nua aqui estou inteira
A tudo exposta, sem quaisquer limites,
A transmutar minh’alma nestes versos...
2 comentários:
Belo belo belo...parabéns!
Essa nudez que o que os poemas nos expõe é vital para estes nossos dias de máscaras, título e posições. Em um poema ouvimos a nossa essência e nos banhamos de verdades.
Beijos...
Postar um comentário