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Andeja solitária dessas ermas sendas,
A semear o pranto em forma de poesia,
Eu levo dentro em mim a dor da nostalgia,
Cantada em tantos versos, tantos mitos, lendas!
Caí, ó, nostalgia, nos teus véus e rendas,
Nas fendas das saudades, da melancolia
Daquele mui distante e tão ditoso dia
Que recebi dos Deuses tão sublimes prendas!
Das prendas que, na vida, recebi dos céus
De todas, a melhor, foi conhecer o amor
Que hoje vive em mim em forma de saudade...
E se distante vai a minha mocidade
Replena de paixões, de sonhos, de fulgor,
Agora eu tenho a ti, os teus sedosos véus!
5 comentários:
Primeiro comentário! *-*
Tanta inspiração, tanta glória...
O que direi? "Bravo Bardo"!
Sedosos véus, que lindo!
Excellent, escritora!
Edir, é uma jóia da poesia. Clássica, neo-romântica, liríca. Uma autêntica poeta em tempos de farsa literária e pseudo-poesia!
A estrutura dos sonetos me fascina,quando seguindo as métricas tradicionais então...Admiro demais,embora não seja "capaz" de fazer o mesmo,vai ver por isso tanto me agrada.Este é incrível,vi-me ali.E não poderia dizer mais nada!
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