Tive na vida o dom concedido
Àqueles espíritos que nasceram pr'arte
Tive em mim um sonho perdido,
Uma cruz levada em toda parte.
Tive na vida ódio, paixão e loucura
Mais dor do que alguma alegria
E o amor que imprimi na escultura,
Repousa comigo na lápide fria.
Tive em vida pouco reconhecimento
Se me lembram, é no eterno sono
Que ninguém vem por um momento
Coroar de rosas o meu abandono.
O que mais tive na vida? Somente o pranto...
Ah, se tive mais, já não o sei dizer!
Como Werther, que amou muito, amou tanto,
Por Rodin, também me vi morrer!
3 comentários:
Aplausos! Poema de e-book!
Aplausos de pé.
Li tudo que aqui depositaste. Amei seu estilo, Seus textos são belíssimos. Edir
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