Escrevi um poema dedicado à Carla, minha mulher, no gênero lírico clássico, chamado: MADRIGAL.
Vou colocar informações retiradas do famoso TRATADO DE VERSIFICAÇÃO de Olavo Bilac e Guimaraens Passos para entendermos, de maneira breve, sobre este tipo de composição e após, postarei a minha tentativa de realização de um Madrigal (levei 2 meses para realizar este pequeno poema com apenas 8 versos).
MADRIGAL
De origen italiana, o madrigal era, no seculo XVI, uma especie de composição musical e poetica, consistindo em canto vocal sem acompanhamento.
A palavra perdeu essa significação. O que chamamos actualmente madrigal é uma pequena composição destinada a exprimir, num resumido numero de versos, um pensamento espirituoso e elegante, um galanteio, um elogio discreto ou uma discreta confissão de amor. Concisão, graça e delicadeza, — são as suas qualidades esenciaes. (...)
Todas as fórmas metricas podem servir ao madrigal. Nelle se empregam habitualmente a redondilha, ou os versos de 10 e 6 syllabas entremeiados.
(BILAC, Olavo; Passos, Guimaraens. TRATADO DE VERSIFICAÇÃO. Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves, 8ª edição, 1944. (Pág. 131 e 132)
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Exemplos de poetas brasileiros que realizaram Madrigais são: o Árcade Silva Alvarenga, o Romântico Maciel Monteiro e o Simbolista Conde de Affonso Celso.
Curiosidade 1:
Existe na obra de outro Simbolista: Da Costa e Silva, no seu livro Zodíaco de 1917 um poema chamado: Madrigal de um Louco, onde o poeta realiza um poema dedicado ao astro LUA; em formato de losango, este poema, certamente, influenciou os poetas Concretistas.
Curiosidade 2:
Manuel Bandeira no livro Mafuá do Malungo de 1948, também, experimentou este tipo de composição poética, num encaminhamento moderno.
MADRIGAL
à Carla Tambelli
Mia fermosa senhora
Tendes vós serena graça
Ofertais ao que passa
Toda beleza d´aurora.
Dais versos d´improviso
De voss´olhar distraído
A ver no céu colorido
Retrato do vosso riso.
(Alexandre Tambelli, para Carla Tambelli, minha mulher, São Paulo, 06 de agosto de 2009 - 11:27h).
Reflexão nascida ao término do poema em 6 de agosto de 2009.
Por que levamos dois meses para a realização de duas pequenas quadras em redondilha maior?! O poeta deve primeiro conhecer o íntimo do seu poema para depois realizá-lo. Nada está pronto, apesar de poder nascer pronto. Se nascer aparentemente pronto é apenas uma situação de exposição ao papel. A luta pelo poema é ação continuada e vai sendo travada n´alma. O poeta precisa viver a Poesia antes do poema nascer.
Vou colocar informações retiradas do famoso TRATADO DE VERSIFICAÇÃO de Olavo Bilac e Guimaraens Passos para entendermos, de maneira breve, sobre este tipo de composição e após, postarei a minha tentativa de realização de um Madrigal (levei 2 meses para realizar este pequeno poema com apenas 8 versos).
MADRIGAL
De origen italiana, o madrigal era, no seculo XVI, uma especie de composição musical e poetica, consistindo em canto vocal sem acompanhamento.
A palavra perdeu essa significação. O que chamamos actualmente madrigal é uma pequena composição destinada a exprimir, num resumido numero de versos, um pensamento espirituoso e elegante, um galanteio, um elogio discreto ou uma discreta confissão de amor. Concisão, graça e delicadeza, — são as suas qualidades esenciaes. (...)
Todas as fórmas metricas podem servir ao madrigal. Nelle se empregam habitualmente a redondilha, ou os versos de 10 e 6 syllabas entremeiados.
(BILAC, Olavo; Passos, Guimaraens. TRATADO DE VERSIFICAÇÃO. Rio de Janeiro, Livraria Francisco Alves, 8ª edição, 1944. (Pág. 131 e 132)
INFORMAÇÕES ADICIONAIS
Exemplos de poetas brasileiros que realizaram Madrigais são: o Árcade Silva Alvarenga, o Romântico Maciel Monteiro e o Simbolista Conde de Affonso Celso.
Curiosidade 1:
Existe na obra de outro Simbolista: Da Costa e Silva, no seu livro Zodíaco de 1917 um poema chamado: Madrigal de um Louco, onde o poeta realiza um poema dedicado ao astro LUA; em formato de losango, este poema, certamente, influenciou os poetas Concretistas.
Curiosidade 2:
Manuel Bandeira no livro Mafuá do Malungo de 1948, também, experimentou este tipo de composição poética, num encaminhamento moderno.
MADRIGAL
à Carla Tambelli
Mia fermosa senhora
Tendes vós serena graça
Ofertais ao que passa
Toda beleza d´aurora.
Dais versos d´improviso
De voss´olhar distraído
A ver no céu colorido
Retrato do vosso riso.
(Alexandre Tambelli, para Carla Tambelli, minha mulher, São Paulo, 06 de agosto de 2009 - 11:27h).
Reflexão nascida ao término do poema em 6 de agosto de 2009.
Por que levamos dois meses para a realização de duas pequenas quadras em redondilha maior?! O poeta deve primeiro conhecer o íntimo do seu poema para depois realizá-lo. Nada está pronto, apesar de poder nascer pronto. Se nascer aparentemente pronto é apenas uma situação de exposição ao papel. A luta pelo poema é ação continuada e vai sendo travada n´alma. O poeta precisa viver a Poesia antes do poema nascer.
2 comentários:
hello... hapi blogging... have a nice day! just visiting here....
Eu já demorei quase um ano pra compor um soneto, demora mesmo!
Que belíssimo soprar velinhas de 1 ano com um presente desses...
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