Noite Eterna
No silente relógio sideral,
Contemplo a Lua Cheia passear;
Uniforme e contínua sobre o mar;
Qual gris ponteiro grave de cristal,
Que mensura, preciso, meu cismar,
Minha dúvida muda a recitar;
"Por que do bem passado este final?!
Por que de tanto bem só tenho mal?!"
E espero pelo Sol, a luz vistosa;
Qu'ilumine minh'alma co'esperança;
E elimine as mil farpas da lembrança.
Mas quando, enfim, a Lua, vagarosa,
Beija o mar e se afunda n'horizonte,
Outra Lua s'eleva atrás, num monte!
Contemplo a Lua Cheia passear;
Uniforme e contínua sobre o mar;
Qual gris ponteiro grave de cristal,
Que mensura, preciso, meu cismar,
Minha dúvida muda a recitar;
"Por que do bem passado este final?!
Por que de tanto bem só tenho mal?!"
E espero pelo Sol, a luz vistosa;
Qu'ilumine minh'alma co'esperança;
E elimine as mil farpas da lembrança.
Mas quando, enfim, a Lua, vagarosa,
Beija o mar e se afunda n'horizonte,
Outra Lua s'eleva atrás, num monte!
Ivan Eugênio da Cunha
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