Âmago de Atlas
Pesa-me, sobre os ombros alquebrados,
Os pilares do escuro firmamento,
Onde firmam-se nuvens de lamento;
Carregadas com ácidos enfados.
E cortam-me, laceram-me, os afiados,
Os incorpóreos cacos dum momento;
Passado que a lembrança traz no vento;
E são partes de sonhos já quebrados.
Qual chumbo rarefeito pesa o mundo;
Atmosférico e negro, onde o profundo;
Vórtice da Tristeza não tem fim.
Ah!, quanto peso, quanto peso, quanto;
Peso e quanto pesar e desencanto;
Carrego sobre os ombros dentro em mim!
Os pilares do escuro firmamento,
Onde firmam-se nuvens de lamento;
Carregadas com ácidos enfados.
E cortam-me, laceram-me, os afiados,
Os incorpóreos cacos dum momento;
Passado que a lembrança traz no vento;
E são partes de sonhos já quebrados.
Qual chumbo rarefeito pesa o mundo;
Atmosférico e negro, onde o profundo;
Vórtice da Tristeza não tem fim.
Ah!, quanto peso, quanto peso, quanto;
Peso e quanto pesar e desencanto;
Carrego sobre os ombros dentro em mim!
Ivan Eugênio da Cunha
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