Inveja Bruta
Sua forma assimétrica e tão clara;
De complexa figura escravizada;
Pelo suave grilhão da Eternidade.
Olhai como não sente a Natureza:
A tempestade e a fúria rutilante.
Olhai p'ra aquela pedra paciente;
Esperando na eterna inconsciência;
Pela morte das eras e do espaço...
Ah!, olhai, olhai mais e com mais tento;
E havereis de sentir inveja dela,
Pois não sente nem quando nela pisam,
Tem bruta indiferença pelo tempo...
E a Paz irredutível de Não-Ser.
Ivan Eugênio da Cunha
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