"Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!"
O mesmo é que lançar flores ao vento!"
Florbela Espanca
O Amante
O amante sente júbilo profundo;
E da razão mui pouco espera e sente.
Só sente a voz serena doutra mente;
E co'ela erige o sonho mais jucundo.
Ele tem no seu âmago uma lente;
Que, audaz, naquela voz converge o mundo,
Transmutando-o em mil versos dum facundo;
Poema epopéico, rutilantemente.
Ah! bêbado das ledas fantasias;
E todas as divinas eufonias,
O amante, d'esperanças, é cobrido.
Mas tudo, ao fim, se faz demência e dor,
Pois sempre o vinho idílico do amor;
Num cálice de chumbo vem servido!
E da razão mui pouco espera e sente.
Só sente a voz serena doutra mente;
E co'ela erige o sonho mais jucundo.
Ele tem no seu âmago uma lente;
Que, audaz, naquela voz converge o mundo,
Transmutando-o em mil versos dum facundo;
Poema epopéico, rutilantemente.
Ah! bêbado das ledas fantasias;
E todas as divinas eufonias,
O amante, d'esperanças, é cobrido.
Mas tudo, ao fim, se faz demência e dor,
Pois sempre o vinho idílico do amor;
Num cálice de chumbo vem servido!
Ivan Eugênio da Cunha
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