Mar
Mar profundo de tez ensangüentada,
De feridas abissais, de escuro infindo,
De monstros assombrosos consumindo;
Cardumes de brancura imaculada;
Tornei-me quando fiz Amor bem vindo;
Nas águas de meu Ser, na minha alada;
Alma cândida, alma governada;
Pelo som da Esperança, que ora é findo.
Mar infértil, sem vida, sem doçura...
Mar amargo e salgado onde a tristura,
Das correntes brutais, faz suas veias.
Onde o negro lamento meu, gelado,
Soa fundo, distante, contristado,
Como o canto soturno das Baleias.
Ivan Eugênio da Cunha
De feridas abissais, de escuro infindo,
De monstros assombrosos consumindo;
Cardumes de brancura imaculada;
Tornei-me quando fiz Amor bem vindo;
Nas águas de meu Ser, na minha alada;
Alma cândida, alma governada;
Pelo som da Esperança, que ora é findo.
Mar infértil, sem vida, sem doçura...
Mar amargo e salgado onde a tristura,
Das correntes brutais, faz suas veias.
Onde o negro lamento meu, gelado,
Soa fundo, distante, contristado,
Como o canto soturno das Baleias.
Ivan Eugênio da Cunha
Um comentário:
Magistral poema Ivan! O mar no meu entender é um ser da natureza, tem vida. E como tal, manifesta as seus sentimentos... Tão bem ilustrado por ti neste poema. APLAUSOS!
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