A DANÇA DE DIANA
E sobre a Terra, o veludo molhado, negro manto
Sem ser notada, Diana descansa intensamente
Ela, mulher, deusa, santa, satélite, serpente
Logo desperta suave do sono de acalanto
Desliza um pouco a mantilha e converte-se em crescente
Revela o colo, seus ombros apenas, entretanto
Despe-se toda a rainha das deusas e do encanto
Nua e belíssima: cheia de graça livremente!
E quem contempla a mulher no seu banho, em sua alcova
Logo perdido se vê. Mais um ciclo dela encerra
Ela se cobre, a minguante serpente se renova.
Numa neblina de nuvem, incenso gris na acerra
Sem ser notada, Diana se torna fria e nova
E o manto negro, molhado veludo sobre a Terra
Rommel Werneck
7 comentários:
Fantástico!
Maravilhoso. Muito bom.
Muito belo! Parabéns pelo soneto. E gostei do ritmo.
Uma obra prima, Bardo! Deveria ser declamado na Casa das Rosas! Estará na seleção com seus indrisos em breve no Poesia Diversa.
Eu não gosto daquele lugar brega
Belíssimo soneto.
Agradecido
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