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Rubra Sinfonia
Instrumentos se erguiam pelo Céu;
E soava, o Vento, a sinfonia alada;
Co'harmonia medonha, tão pesada;
Que caía na Terra em negro véu.
O rubro Céu dançava na babel;
Desta orquestra sinistra e agitada,
Que, ao som de cada sopro, cada arcada,
Se contorcia em fúria dada ao léu.
A música avançava sem compassos;
Co'acordes dissonantes e mui crassos;
De sons enfurecidos já em guerra.
E, em macabra tormenta carmesim,
Desceu o Céu, ao toque do clarim,
E fartou-se de Sangue o breu da Terra!
Ivan Eugênio da Cunha
Rubra Sinfonia
Instrumentos se erguiam pelo Céu;
E soava, o Vento, a sinfonia alada;
Co'harmonia medonha, tão pesada;
Que caía na Terra em negro véu.
O rubro Céu dançava na babel;
Desta orquestra sinistra e agitada,
Que, ao som de cada sopro, cada arcada,
Se contorcia em fúria dada ao léu.
A música avançava sem compassos;
Co'acordes dissonantes e mui crassos;
De sons enfurecidos já em guerra.
E, em macabra tormenta carmesim,
Desceu o Céu, ao toque do clarim,
E fartou-se de Sangue o breu da Terra!
Ivan Eugênio da Cunha
2 comentários:
Que lindo! Que versos perfeitos!
Adorei
Obrigado. :D
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