Ângelus
Badalando dos altos campanários,
Sons de réquiens, sacros e diários,
Longemente a ecoarem, tão mofinos.
Oscilam os badalos solitários,
Éreos, tão modulados e lustrinos;
Ai! Como choram todos esses sinos!
Esses mementos, trenos, centenários...
Dobram-se melancólicos, vibrantes,
Tangendo os bronzes, duros, rutilantes,
A ressoarem nítidos, divinos!...
E nessa badalada triste e calma,
Pareço sentir dentro da minh'alma,
O prantear de todos esses sinos!
Derek Soares Castro
Um comentário:
Belíssimo texto. Parabéns!
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