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Sem ti me morro! Sinto dores tantas!
E sigo assim a vida que me resta,
Olhando-a pelo vão de escura fresta,
Enquanto que com outras tu t’encantas...
Ah! De saudades tantas eu me morro,
Enquanto a vida para ti é festa...
Mas para mim é triste e tão funesta,
E sem fulgor algum eu a percorro.
E te esquecer tentei... Mas desditosa
andejo sem sentir a própria vida,
a repisar as minhas mágoas, dores...
Carrego esta tristura mui brumosa,
da dor que vem do amor que não s’olvida,
Sorvendo o amargo fel de seus licores.
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