Eclipse
Do nada que sobrou, terei engano,
maltrata meu dizer, se for por isso:
dizer só por dizer, no sacrifício
do amar só por amar – no quanto ufano.
O amor, maior querer, maior que o vício,
me mata de prazer, pois se de humano
prepara o levantar do leve pano
cobrindo no teu corpo, o nosso indício.
Mas longe das primeiras florações,
pintar um céu de oitavas sensações
num cântico sagrado à tua porta.
O amor engana a sorte e traz o pranto,
na vida traduzida ao mesmo manto
do sonho que tingiu a lua morta.
Vitor de Silva
7 comentários:
Muito lindo!
Rommel
Belo!
Reconheci que era teu antes de chegar ao teu nome...só podia ser teu. Tem as tuas marcas. Construção e beleza ímpares!
Sim, verdade, Edir! Nosso poeta é muito único.
Aliás, esta imagem do poste eu adorei....
Agradeço, amigos, a gentileza da leitura e comentários. Fica meu desejo de um Natal luminoso e de um ano nascente pleno de Luz. Vitor.
NEXT SONNET!!
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