
Vem se perder nos meus espaços, véus, planuras,
Nas mornas águas minhas, dos meus pantanais,
E percorrer meus braços, lagos, meus canais,
Ver aguapés e meus corixos de águas puras...
Oh! Vem rolar nas relvas minhas alagadas,
Vem ver de perto os meus ninhais, as minhas veias,
Sentir prazer sem fim, sem ter limites, peias,
nas minhas tardes mornas, minhas madrugadas...
Vem ver as belas garças ágeis, alvadias,
Nos céus, nos meus espelhos d’água, refletidas,
Nos horizontes meus extensos, tão sem fim...
Vem mergulhar em minhas noites, nos meus dias,
Sentir mil emoções há muito não sentidas,
Nas encantadas horas de arrebol em mim...
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