Cultivo dentro em mim jardins secretos
Regados com meus prantos vãos, doridos,
Que permanecem sempre bem floridos,
E de perfumes são também repletos...
Neles cultivo os meus amores idos,
Os sentimentos meus, dos mais diletos,
Os meus penares tolos, mas discretos,
Etéreos sonhos meus, jamais vividos...
Jardins secretos que florescem em mim,
Rebentos dessa dor que em mim se espalma...
Aos meus amores idos, meus legados!
Orquídeas, cravos, rosas cor carmim,
Que viçam sobre húmus de minh’alma,
Nos limos de meus prantos represados...
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