Escreve com sangue e aprenderás que sangue é espírito. (Nietzsche)
Teu verso sangra, deixa que ele venha
Da rocha mais volátil do teu ente.
Poeta, não estanques, não detenhas,
Permite qu'ele flua levemente...
Teu verso sangra e tira toda senha,
Qu'escorra pela pena tão somente.
Que a Musa ele obedeça e obtenhas
Os versos mais bonitos que tu sentes.
Poeta, tens os versos mais sonoros,
Que poucas liras podem se atrever,
Poesia sei que tens em cada poro,
Um sonho de volúpia e de prazer.
Vai, tece esses versos qu'eu adoro,
Oh, tu és Vate e bem sabes como ser!
[Alessa B.]
2 comentários:
Bravíssimo. Vejo que a tendência despoetizante da poesia atual deve ser contraposta por um apego (ainda que crítico) à tradição ocidental. Normalmente, o resultado deste retorno são textos belos como este.
Isaac, leia bnossos textos de TL e tutoriais...
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