Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Eu vos desejo sempre, sempre mais...
E aqui eu vim fazer-vos minha jura
Deixar-vos eu não vou! Nunca! Jamais!
Oh! Flor do Céu! Amar-vos-ei querida,
Enquanto vida em mim pulsar ardente...
Vós sois estrela que ninguém se olvida,
Que gera em mim paixão e amor candente!
Amar-vos, para mim, é doce sorte,
E vosso assim serei até meu fim,
Estais além de tudo, além da morte,
E juro que sois tudo para mim!
Se por amor se curva, morre ou falha,
Perde-se a vida, ganha-se a batalha!
O soneto que Dom Casmurro não escreveu, aproveitando o primeiro e o último versos por ele criados. Homenagem a Machado de Assis.
Um comentário:
O desafio machadiano atravessa o tempo, e este soneto da Edir Pina é algo realmente muito belo. Parabéns.
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