A porta aberta sempre e a luz mantida acesa,
Discreta luz que freme e forma sombras, feixes,
Discreta luz que freme e forma sombras, feixes,
E eu cá estou tão só, com medo que me deixes,
Ou entres sem bater! Não tenho mais certeza!
Na mesa está o vinho, e toca o tango nosso,
A flor perfuma o ar. Na cama há teu cheiro...
Bem que podias vir! Voltar mais que ligeiro!
Quisera te esquecer, mas juro que não posso!
Espero assim por ti, meus sonhos não sepulto...
Mas quando não te vejo, a minha dor oculto.
Relembro teu olhar, teu jeito que amo tanto!
Eu penso em ti amor, silente rola o pranto,
E sei que vais chegar! Voltar com teu encanto.
Espreito o vão da porta e busco por teu vulto...
Edir
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