Fumega o samovar água e verbenas,
Desprendedo nuvens adocicadas.
Ó prazeres! Dosséis feitos por fadas,
São essas infusões de açucenas!
Ouço soar, e me tinem toadas,
Tilintam-me donzelas e amadas,
Na época que florem as dracenas!
Outro gole: os anjos tocam liras,
E arcanjos com grinaldas de andiras,
Tocam trombetas ao Maior Rajá.
Sorvo a bebida, o ardor, a cor, o cheiro,
Revela-se em minha frente o mundo inteiro,
Com o último gole de meu chá.
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