
Romanesca
Oh!Amado dos mantos em negrumes espectrais!
Dedilho-te em evanescentes filigranas auspiciosas.
Lassidão absorta a tua... Evoco Posseidon nos abissais,
Rogando-lhe tua anátema destas hordas prestigiosas!
Numa abóbada celeste guarnecida de meus fadários
Esquadrinho-te como pulcra figura do bem fantasmal
Não nego amar-te... Pouco de ti apreendo nos hinários
De meu lied conspícuo, entoado a ti no cortejo sepulcral
Nulo ósculo, inexistente amplexo... Somente falácias.
Eternal viuvez de um femíneo íntimo deslumbrado!
Eu: Romântica nas expectativas, dolente nas tuas inércias!
Cavaleiro das plangentes azinhagas, tu és desalmado!
Tombo no vácuo noturno... E o plenilúnio tão denso
Vocifera toda crucificação no feminil cerne sacrificado
Altivo cavalariano, declina do negro corcel e propenso
Oblata amor a esta dama detentora de imo extasiado!
Denise Severgnini
5 comentários:
Brilhante poema quisera eu ter a habilidade de compor sobre tal tema com tanto esmeo, habilidade e lirismo.
Meus Parabéns!
Aplausos! E se substituíssemos o Romanesco por este belo poema? quem concorda?
Jovem Mestra Denise, mas...!!!!
"Altivo cavalariano, declina do negro corcel e propenso
Oblata amor a esta dama detentora de imo extasiado!"
... Que pões nos lábios desta donzela o ousado talento que todas nós desejaríamos herdar!!
E quando não há o que retocar, chama-se Perfeito!!
Belíssimo! Aplausos meus, colega.
Esse poema é antológico! É um dos clássicos do PR
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