Choremos com o velho jatobá
cortado pelas mãos violentas, brutas,
o antigo jatobá por onde escutas
cantar o canarinho, o sabiá;
depois de tanto tempo, tantas lutas,
chorando a própria seiva agora está
(tristeza mais profunda, sei, não há)
cortado por pessoas vis, astutas.
Choremos seivas d’alma, transparentes,
- que rolem como as águas confluentes -
a mesma dor que assim o faz chorar.
E chorarão os pássaros, decerto,
o seu destino sempre vago, incerto
sem ter mais onde ir ou se aninhar.
o antigo jatobá por onde escutas
cantar o canarinho, o sabiá;
depois de tanto tempo, tantas lutas,
chorando a própria seiva agora está
(tristeza mais profunda, sei, não há)
cortado por pessoas vis, astutas.
Choremos seivas d’alma, transparentes,
- que rolem como as águas confluentes -
a mesma dor que assim o faz chorar.
E chorarão os pássaros, decerto,
o seu destino sempre vago, incerto
sem ter mais onde ir ou se aninhar.
Do
livro Cantos de Resistência, Clube de Autores, p. 39
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