(A Vampira, de Philip Burne Jones)
O Vampiro
Aquele que outrora foi execrado
A viver só, nas trevas solitárias,
A olvidar o amor e as belezas várias,
E a nutrir-se de sangue despojado;
Aquele sem porvir e sem passado,
Que vaga pelas campas funerárias,
Procura a morte em noites mortuárias
E é eterna sua dor qual seu fado;
Aquele já afeito à solidão,
À tristeza e à lúgubre escuridão,
Eis o mais tétrico ser: o vampiro!
Ah, e sou tal como ele em minha dor:
Acho a morte o que há mais encantador,
E, por ela, tristemente, suspiro!
Renan Caíque
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