(Monumento do Cemitério Honório Lemes - Foto por Derek Soares Castro)
Regressei à Necrópole outra vez;
E de longe revi o monumento
Daquele funesto Anjo macilento,
Que jaz em tumulária soturnez.
E olhando aquele fúnebre moimento,
Em que o tempo cobriu de lividez;
Tive a vaga impressão de ver, talvez...
Teu vulto que passava desatento...
No fim dos corredores tumulares,
Escutei sussurrando junto aos ares
Tua voz, em um som rouco e distante;
Mas, enquanto eu, absorto te escutava,
Aquele Anjo, imponente me fitava,
Como se fosse o teu próprio semblante!
Anjo Marmóreo
Regressei à Necrópole outra vez;
E de longe revi o monumento
Daquele funesto Anjo macilento,
Que jaz em tumulária soturnez.
E olhando aquele fúnebre moimento,
Em que o tempo cobriu de lividez;
Tive a vaga impressão de ver, talvez...
Teu vulto que passava desatento...
No fim dos corredores tumulares,
Escutei sussurrando junto aos ares
Tua voz, em um som rouco e distante;
Mas, enquanto eu, absorto te escutava,
Aquele Anjo, imponente me fitava,
Como se fosse o teu próprio semblante!
Derek Soares Castro
3 comentários:
Tão belo esse soneto....
Gostei e obrigada pela partilha.
Bhell
Belo e com a inconfundível marca tua. Bjs Edir
Nossa, que maravilhoso!
Postar um comentário