
A chuva cai! Sussurra nas vidraças!
E dança tristes valsas contra os ventos,
Quais lágrimas de dor, de desalentos,
Que caem dos meus olhos quando passas.
Os pingos caem, quais os vãos lamentos,
Dispersam-se no ar feito as fumaças,
Quais vinhos se evaporam em finas taças,
Nos dias que sem ti são mui cinzentos.
Batendo nas vidraças rolam as águas
Das chuvas de verão, tão passageiras,
Que correm lassas pela terra afora.
Quisera que passassem as minhas mágoas,
Feito essas chuvas que passam ligeiras,
Que brincam na vidraça e vão s’embora.
Um comentário:
Magnífico soneto Edir. Eu já pensei em compor algum soneto sobre esse tema da chuva escorrendo nas vidraças, mas ainda não o fiz; Realmente um perfeito soneto!
Postar um comentário