
Veneno é o que não falta em tua veia,
Correndo livre pelo corpo todo,
Tão denso e tão viscoso feito o lodo,
Contido em teu sorriso de sereia.
Na veia tua corre só veneno,
Que dentro em ti cultivas e destilas,
E lanças pelo olhar, pelas pupilas,
De jeito disfarçado, vil, pequeno!
E com palavras falsas, coloridas,
Nos teus mortais venenos embebidas,
Manténs os que te amam na coleira.
Areia movediça! Traiçoeira!
Tens jeito d’uma mosca varejeira
Que deposita larvas nas feridas!
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