Nas sendas escuras navegam figuras
do baile faustoso na negra ipuã,
um monge está morto por sobre as gravuras
de estranhas estórias de Leviatã.
Quem rege a orquestra dessas sepulturas
de acordes sombrios e música vã,
é a branca caveira que outrora bravuras
soprava nos ventos de antiga manhã.
A turba gargalha, estalando o riso,
enquando um cadáver rasteja no piso
a dar mais um drinque como despedida.
E eu danço com eles o baile inteiro,
mas eia! Que chega o Sol, o coveiro
da noite - e a Lua expira na ermida.
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