
Se a vida, pouco a pouco, já s’ evade,
Qual folha seca, que se vai co’o vento,
N’ outono d’alma, solta ao relento,
Rolando pelas ruas da cidade...
Se aos poucos se declina a nossa vida,
Qual delicada rosa esvanecente,
Que há de se tornar também ausente,
Depois de perfumar a nossa vida...
Há de se ir co’o vento , à revelia,
A alma do poeta , mui chorosa,
A peregrina alma trovadora...
Há de seguir seu rumo, céus afora,
Deixando seu perfume, qual a rosa,
O seu legado,em forma de poesia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário