No Meio dos Sepulcros
Hoje pelos sepulcros passando,
Enlutado num fundo desgosto,
Deu-me a vaga impressão, do teu rosto
Inda estar ali, triste me olhando...
E a lembrança voltou, me levando...
Para aqueles momentos d'Agosto.
A sentir o teu ósculo, o gosto,
Pelos lábios meus, frios, beijando...
Parecia-me ver, novamente...
Todo aquele olhar lânguido, flente,
A vir pelos teus olhos tão pulcros.
Longemente da luz da metrópole,
Hoje Amor, aqui nesta necrópole,
Vou passando por entre os sepulcros...
Hoje pelos sepulcros passando,
Enlutado num fundo desgosto,
Deu-me a vaga impressão, do teu rosto
Inda estar ali, triste me olhando...
E a lembrança voltou, me levando...
Para aqueles momentos d'Agosto.
A sentir o teu ósculo, o gosto,
Pelos lábios meus, frios, beijando...
Parecia-me ver, novamente...
Todo aquele olhar lânguido, flente,
A vir pelos teus olhos tão pulcros.
Longemente da luz da metrópole,
Hoje Amor, aqui nesta necrópole,
Vou passando por entre os sepulcros...
Derek Soares Castro
* Versos Eneassílabos em Gregoriano Anapéstico (3ª, 6ª e 9ª ).
Um comentário:
Inquientante poema, Derek. Somos observados diretamente dos sepulcros.
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