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Aqui estou! E nem palavras tenho
Para dizer de minha dor, meu fado,
De meu viver tristonho, malfadado,
Do amor que nunca tive e não detenho!
Mergulho em mim. Em mim mesma me embrenho,
A solidão é meu eterno estado,
Contenho em mim um grito amordaçado...
Cantar o meu penar aqui eu venho!
Que vale a vida sem amor, sem luz,
E sem ter n’alma sonhos, devaneios,
Apenas sombras que devoram o lume!
A vida em si se torna uma cruz,
Um fardo cheio de milhões de anseios,
Um simulacro sem sabor, perfume!
Um comentário:
Belíssima obra!
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