sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

PLANGENTE (II)




Os sinos dobram! Choram reticentes, tristes!
Revejo a vossa imagem a caminhar no adro,
Por trás do véu dos tempos idos, mui cendrado...
Co’as vestes noturnais do dia em que partistes.

Invocam, dentro em mim, o dobre dos finados,
Anunciando a vossa morte e despedida,
Em lúgubres lamentos vindos lá da ermida,
Que se somaram aos meus, profundos, enlutados.

Os sinos dobram tristes! Choram reticentes!
E as minhas noites, como eles, são plangentes,
Jamais eu fui feliz depois de vosso adeus...

Saudades eternais residem dentro em mim!
E hão de ir comigo até meu pobre fim,
E vivereis em mim, nos tristes sonhos meus...

13 comentários:

Hilton Deives Valeriano disse...

Como é bom ler autêntica poesia!

Febo Vitoriano disse...

Idem. Realmentem, muito belo Edir.

Julgo que seria muito maravilhoso se tivéssemos maior contato com os dodecassílabos. às vezes, lembramos apenas dos alexandrinos sendo que o bom mesmo é festejar a diversidade!

Hilton Deives Valeriano disse...

sir Rommel, bom mesmo seria se vocês dois já estivessem em livro! Ah se eu fosse um mecenas!

Edir Pina de Barros disse...

Sei o caminho para a publicação do acadêmico... Ou participar de coletâneas como CBJE, Celeiro, ou publicar solo com pequena tiragem e arcarmos com as despesas. Alguém poderia indicar outro caminho? Poderia juntarmos quatro e dividirmos os gastos.

Febo Vitoriano disse...

Vamos nos juntar, Edir!

A D'MATTOS Editora possui um trabalho com livros artesanais. Para ter o ISBN eles fazem parceria com a editora Literata. Como a D'MATTOS é de Guarulhos, posso cuidar da parte burocrática.

Edir Pina de Barros disse...

Eu topo! Somos dois. Se juntarmos mais três seremos cinco...Um 15 poemas para cada. Ficará legal!

Gabriel Rübinger disse...

E, caso o caso seja apoio, eu também quero participar. Ainda mais com poetas como vocês dois!
Podemos fazer um trabalho gráfico bem legal, com imagens antigas, como litografias...

Febo Vitoriano disse...

Acabei de vir de SCS. Eles estão fascinados pela minha poesia e acessarão nosso blog!

Edir Pina de Barros disse...

Gabriel, a honra será minha ter o meu nome ao lado do seu. Eu amo tudo que vc escreve... É de um refinamento impressionante e sedutor. Alguém poderia selecionar os poemas,como Hilton e Rommel, dentro de certa proposta para dar uma unidade na diversidade de autores. O Hilton fazer a apresentação... Poderia ser dentro da perspctiva do neo-romantismo... Poderiamos ser 6, 7 poetas, e levar adiante o Poesia Retrô...estou aberta a propostas. Edir

Edir Pina de Barros disse...

Rommel, o que é CSC?

Febo Vitoriano disse...

Boa a ideia de o Hilton prefaciar.

SCS= São Ceatano do Sul, é apenas minha cidade natal e não uma editora.... Deu duplo sentido, mas normal para barroquistas...

Hilton Deives Valeriano disse...

Poetas! Eu prefaciar? Será que sou capaz? Será uma grande honra ajudar dentro de minhas limitações a selecionar os poemas de vocês. Alias, tarefa ingrata porque difícil, visto a grande qualidade dos poemas de vocês. No caso, o poeta Grabriel precisaria mandar uma leva de seus sonetos em meu email...Rommel e Edir, de vocês tenho muitos! Mas podem mandar mais...Vou pensar com carinho nessa proposta maravilhosa...pois não posso assumir tareja além de minha capacidade intelectual diante da grandeza da poesia que tem sido escrita por vocês...

Edir Pina de Barros disse...

Tenho certeza que ficará tudo muito bom...

REVIVALISMO LITERÁRIO


Poesia Retrô é um grupo de revivalismo literário fundado por Rommel Werneck e Gabriel Rübinger em março de 2009. São seus principais objetivos:

* Promoção de Revivalismo;

* O debate sadio sobre os tipos de versos: livres, polimétricos e isométricos, incluindo a propagação destes últimos;

* O estudo de clássicos e de autores da História, Teoria, Crítica e Criação Literária;

* Influenciar escritores e contribuir com material de apoio com informações sobre os assuntos citados acima;

* Catalogar, conhecer, escrever e difundir as várias formas fixas clássicas (soneto, ghazal, rondel, triolé etc) e contemporâneas (indriso, retranca, plêiade, etc.).