
No infinito território de meu ser,
Que pouco a pouco exploro,
Encontrei “a outra”
Parte sufocada de mim mesma.
Percebi que não me conhecia.
Na parcela de meu chão interior
que me foi destinada a viver
- que se torna insuficiente dia a dia -
a descobri aos poucos...
Estranhei-me.
Tive que aprender a falar
comigo mesma...
e conhecer esse universo
que me foi negado à vida.
Viajei para espaços longínquos
De mim mesma...
Penetrei nesse universo desconhecido,
Aprendi a ver de novo
O que dava por entendido...
Pouco a pouco invado e tomo posse
Rompendo as cercas,
as fronteiras de meu ser,
num exercício infinito...
Por vezes, ao anoitecer
Quero ficar só,
E já não é mais possível!
Quando meu eu exausto quer silencio
O meu eu sufocado
quer dialogar comigo...
2 comentários:
Isto é antigo! Sobreviveu... Escrevi esse poema em 1977 e antes era intitulado "Dois Mundos em Confronto", título de minha dissertação de mestrado que defendi no mesmo ano. Hoje só gosto da última parte.
Muito legal...
Eu tenho um soneto novo que preciso publicar chamado "O Outro", mas o meu é de corno mesmo kkkk
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