
Se um dia lerdes meus sonetos, cartas,
De minha entranha os versos arrancados
Dos meus recantos ermos, sufocados,
Nas noites de tristezas longas! Fartas!
Se meus sonetos, cartas, versos lerdes,
Tereis, por certo, lívida lembrança,
Do meu penar, sofrer, desesperança,
Que hoje jazem nestes campos verdes!
Apenas vos verei do além, distante,
Por vós não poderei mais versejar,
E haverá mais nada a vos falar!
No sepulcral silêncio desse instante,
Sem que o vosso pranto me acalante,
Minh’alma lá do alto há de chorar!
3 comentários:
Este eu já li no recanto, encantei-me! Também lembra de um que eu tenho que chama-se "Dizeres Póstumos" breve publicarei aqui. Parabéns Edir.
Ontem conversava com o bardo Rommel sobre os grandes parnasianos... A grandeza de ser tocado pela beleza ao ler um poema! Dos românticos também. E dizia: um tempo em que a poesia era Poesia! Graças aos deuses da lira esse tempo começa a voltar
Gostei muito dos seus sonetos. Parabéns!
Postar um comentário