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A despedida vossa – meu desgosto –
Tornou-me assaz dorida e amargurada,
que nunca mais amei, senti mais nada,
e pôs-me tantos vincos no meu rosto.
Tal dor causou-me a vossa despedida,
Que agora sou a imagem da tristura,
Da mais sofrida e amarga creatura,
Que vaga pela noute, desvalida...
A despedida vossa, meu fadário,
Tornou-me um pobre ente solitário,
Apenas uma sombra suspirosa.
Não mais que uma sombra desditosa,
Que a mais triste saudade hoje esposa,
E arrasta vida afora o seu calvário.
5 comentários:
Edir, este ficou divinal, resgata todo o lirismo, todo o romantismo! Esplendorosa construção!
Eu gosto muito daquele "Há uma sombra que pela noite vaga", até declamei no meu sarau foi filmado....
Mais uma bela composição!
Rommel,simplesmente maravilhoso soneto!Muito triste,mas perfeito!Bjs,
Perdoe Edir,é que o Rommel postou o link e não vi que o soneto é seu!Lindo demais,eu amei!Bjs,
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