Poesia Retrô
Dizem: arcaica, descorada, torta!
Vozes condenam esta musa pura
que se desenha na eternal verdura,
pois a poesia é labirinto e porta.
Ao revelar o dedilhar n´altura,
quando sentimos que a Beleza exorta
todos os tempos, desde a Grécia morta,
arrepiando esta febril procura.
Os velhos Mestres serenando o pranto,
mas se meu verso transtornar o canto,
outro poeta sonhará Orfeu.
A eternidade do teu Manto, avança,
e a nossa lira vai jogando a lança:
Não morre o Verso que jamais morreu!
Vitor de Silva
6 comentários:
Um encanto de canto de resistência! "Não morre o Verso que jamais morreu!".Lindo! Edir
Tava me deleitando com a praça e agora vem este texto antológico....
Muito agradecido, amigos.
Original em termos de estilo! Leve na composição! profundo na temática! Penso, digo e repito: gostaria de estar aqui para ler seus poemas daqui a, digamos, uns dez anos. Antevejo a maestria dos futuros textos, Vitor. Parabéns! Nilza Azzi
Considero o elogio e acato sua percepção, minha amiga. Demorei a responder porque nunca o que dizer em situações assim. Gratidão por escutar e por estar no mesmo sentimento poético. Paz.
Simplesmente genial!
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