terça-feira, 21 de dezembro de 2010

FELIZ DIA DOS PAIS! kkkk





É isso aí, Paizão! Corta o filho! CORTA!
hahaha




A ÁRVORE DA SERRA


— As árvores, meu filho, não têm alma!
E esta árvore me serve de empecilho...
É preciso cortá-la, pois, meu filho,
Para que eu tenha uma velhice calma!


— Meu pai, por que sua ira não se acalma?!
Não vê que em tudo existe o mesmo brilho?!
Deus pos almas nos cedros... no junquilho...
Esta árvore, meu pai, possui minh'alma! ...


— Disse — e ajoelhou-se, numa rogativa:
«Não mate a árvore, pai, para que eu viva!»
E quando a árvore, olhando a pátria serra,


Caiu aos golpes do machado bronco,
O moço triste se abraçou com o tronco
E nunca mais se levantou da terra!

AUGUSTO DOS ANJOS

4 comentários:

Febo Vitoriano disse...

Vocês estão num silêncio....

Hilton Deives Valeriano disse...

Não gosto muito de Augusto dos Anjos...Mas esse soneto é um dos meus preferidos...

Febo Vitoriano disse...

Eu já sou diferente. Adoro Augusto dos Anjos, principalmente deste soneto.... O que não curto muito é a Escola Neoclássica, o Arcadismo poderia ter sido melhor....

Unknown disse...

E jáz um certo paganismo em muitos poetas.

Qual a relação de vida da árvore...
Com um homem? É amor, é vida, é ódio, é guerra.
É o próprio alimento. Por fogo no prato que come.

Augusto dos Anjos era feliz, ele tinha um belo contato com a natureza.
E pois veja como rapaz cientificamente culto ele era!

... E alguém tão mórbido...

REVIVALISMO LITERÁRIO


Poesia Retrô é um grupo de revivalismo literário fundado por Rommel Werneck e Gabriel Rübinger em março de 2009. São seus principais objetivos:

* Promoção de Revivalismo;

* O debate sadio sobre os tipos de versos: livres, polimétricos e isométricos, incluindo a propagação destes últimos;

* O estudo de clássicos e de autores da História, Teoria, Crítica e Criação Literária;

* Influenciar escritores e contribuir com material de apoio com informações sobre os assuntos citados acima;

* Catalogar, conhecer, escrever e difundir as várias formas fixas clássicas (soneto, ghazal, rondel, triolé etc) e contemporâneas (indriso, retranca, plêiade, etc.).