Vem! Ó, noite! Debruça sobre mim!
recebe no colo teu sidéreo,
Nesse manto d'estrelas, tão etéreo,
Nesse manto d'estrelas, tão etéreo,
A minh'alma que triste vaga assim...
Aconchega nos braços teus sem fim,
Esta andeja, meu pobre ser cinéreo,
Que morrer quer no espaço teu aéreo,
No acetinado véu que é teu, enfim...
Minh’alma quer errar nos teus espaços,
E esquecer os amores deletérios...
Ó! Deixa-me vagar em ti, ao léu!
Vem! Desejo morrer-me nos teus braços,
Mergulhar nos teus astros, teus mistérios...
Vem! Ó, noite! E me encobre com teu véu!
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