Ilustre Plêiade e Leitores,
É com júbilo que anuncio que fiquei em segundo lugar no Concurso Vale das Sombras Edição TV ORKUT. Em 2009, no IV Concurso também empatei na medalha de prata.
Fica aqui meu convite para me assistirem no programa Star Show na TV ORKUT por Leni Martins, dia 18, próxima segunda-feira, às 21h O programa será transmitido pelo site www.tvorkut.com.br e pelos canais a cabo 9, 97 e 12 UHF.
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Rommel Werneck
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ESPÍRITO ERRANTE
Espírito errante que anda pela terra,
Vaga calmamente por este deserto,
Trilha por um rumo, um campo longo e incerto,
Vive intensamente a mais temível guerra...
Espírito errante que anda pelas águas,
Nada pelo nada, nada pelo medo,
Teme a vida e esconde assustador segredo:
Um coração cheio de infinitas mágoas...
Espírito errante que anda pelos céus,
Voa sem vontade pelo seu remorso,
Arrasta as correntes e os fúnebres véus...
Espírito errante na lava oscilante,
Carrega mil marcas no lascivo dorso...
Sem destino vaga um espírito errante... Rommel Werneck
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A idéia foi escrever sobre um indivíduo perdido e em conflito na vida, para isto, cada estrofe foi consagrada a um elemento da natureza. Inicialmente, julguei ruim a chave de ouro, mas depois pensei melhor e realmente o espírito errante não mereceria um "grand finale", somente um desfecho banal e, sobretudo, errante.
3 comentários:
Eu sei que tá impossível ler, mas é dificílimo formatar isto! Nem no dia de Nossa Senhora Aparecida o editor do blogspot funciona direito!
Poema trágico... simbólico... pode também ser lido numa perspectiva religiosa... És um grande poeta!
Uma vez num livro sobre Ufologia, li que os ameríndios acreditavam num espírito errante, um ser que veio dos céus e deixou ensinamentos tecnológicos e depois, subiu ao céu. Também já li que se tratava do demônio numa versão indígena.
Nunca esqueci este termo pois passei a crer que se tratava da nomenclatura mais adequada para definir um humano perdido na vida sem destino e mergulhado no mar da indecisão assim como o conto de Andersen: o patinho feio.
Aliás, esta temática parece ser uma constante não necessariamente na minha poesia, mas também nas minhas tentativas, inspirações e obras que ainda estou construindo. Florbela Espanca trata isto no soneto "Último Sonho de Soror Saudade" e julgo algo sempre muito atual e típico do homem moderno fora dos padrões sociais.
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