Eu amo tudo que se foi de mim,
A mágoa que findou, a dor, tristezas,
Os meus amores plenos de incertezas,
As flores que morreram em meu jardim...
Eu amo o que se foi... Que teve fim...
O que morreu nas minhas profundezas,
Perdido entre o véu das sutilezas,
Ou preso numa torre de marfim...
Eu amo os tempos idos, tão fugazes...
E os novos tempos, com novos sentidos
Que hão de passar depressa como o vento!
O que se tem são coisas do momento,
E nada há de restar dos tempos idos
Nem mesmo os sonhos com seus tons lilases!
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