Diante desse espelho estou agora...
Como fugir não há de meu olhar,
E meus detalhes passo a debulhar,
E marcas vejo em mim da fria aurora.
Em minha tez um mapa bem traçado,
Com becos, com veredas e mil atalhes,
Que levam-me, sem erro, aos meus detalhes,
De volta me conduzem ao passado!
Exploro cada vinco em minha face,
A recordar amores meus, amantes...
Os tempos mais felizes, tão pujantes!
E a mim me busco, em todos os quadrantes,
Embora a minha vista já se embace,
A mim me encontro, nua e sem disfarce!
3 comentários:
Maravilhoso soneto!
Gostei muito de sua poesia e do seu jeito de escrever. Prefiro a poesia assim, recindindo a algo antigo, rimado, longe da métrica moderna que rima nada com nada...
Bem, caso deseje, visite-me em meu blog: www.mauprosador.blogspot.com
Abraço!
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