O que restou dos sonhos que sonhei um dia?
Pedaços, cacos, sombras mil na noite escura,
que agora cato pelo chão com tal ternura
transformo em versos prenhes de fulgor, poesia...
Os sonhos que eu sonhei um dia, onde estão?
Estão aonde as mil quimeras tão sonhadas?
E tuas mãos macias, firmes, tão amadas...
A tua voz suave e rouca? Não sei não...
A nostalgia vem, faminta e sem piedade
devora este meu ser, meu sonho assim se evade...
Sonhar não posso mais com os beijos teus afoites.
Dos sonhos que sonhei restou, enfim, saudade
que inunda minha vida, minhas longas noites
E fere minha tez, com seus febrís açoites...
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