Desta floresta branda, o sátiro previra
o despertar das ninfas, sussurrando a flauta,
tremem ondas azuis por ter Safo e sua lira
a cantar de prazer, pela noite que é alta.
Borda sons à capela, encantado, delira
o frondoso deleite em que a vista se frauta,
em delícias de sonho a planger a safira
engastada na relva, o palor em que esmalta
a profecia, a caverna e um Eros perdido,
a bailar os seus medos num grito brasido,
convertendo seu pranto em profundo martírio.
Em que cresto por Safo ao temor se tem ido,
e nas matas espanta as belezas do círio,
como espanta do peito o perfume de um lírio.
____________________________
Obra: Faun Whistling to a Blackbird
Oils on Canvas, 1875
Autor: Arnold Böcklin (1827 - 1901)
o despertar das ninfas, sussurrando a flauta,
tremem ondas azuis por ter Safo e sua lira
a cantar de prazer, pela noite que é alta.
Borda sons à capela, encantado, delira
o frondoso deleite em que a vista se frauta,
em delícias de sonho a planger a safira
engastada na relva, o palor em que esmalta
a profecia, a caverna e um Eros perdido,
a bailar os seus medos num grito brasido,
convertendo seu pranto em profundo martírio.
Em que cresto por Safo ao temor se tem ido,
e nas matas espanta as belezas do círio,
como espanta do peito o perfume de um lírio.
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Obra: Faun Whistling to a Blackbird
Oils on Canvas, 1875
Autor: Arnold Böcklin (1827 - 1901)
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3 comentários:
Bacana. É um tema recorrente para mim, ainda que num outro estilo. Sempre interessante vê-lo tratado de maneiras diferentes.
Belíssimo.
Com certeza, bardos! Vitor é nota 11!
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