Oh! Vento, vivo Vento, que tens visto;
Naqueles horizontes agourentos?
Dize-me, dize-me se tu tens visto;
O rastro das venturas, dos contentos.
Ah! Lua, lume lúrido e benquisto;
Qu'ilumina meus ais e meus lamentos,
Dize-me, dize-me se tu tens visto;
O Sol que mais não vi nos firmamentos.
Onde haverá de ter um lugar calmo?
Onde haverá lugar com ar tão almo;
Que tire de minh'alma todo o fel?
Oh! Tempo, te rogar humilde venho,
Dize-me, dize-me, por qual engenho;
Eu volto a ser apenas um donzel?
Ivan Eugênio da Cunha
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