(Lírios - Van Gogh)
Fala-me destes lírios que tu vês,
Suas cores, olor, toque de seda.
Fala-me p’ra que tua voz me ceda;
Os lírios que tu vês com nitidez.
Fala-me deste céu com vividez,
Seu azul, esplendor, luz alva e leda.
Fala-me p’ra que tua voz me ceda;
O céu, com sua vasta placidez.
Fala-me desta pulcra natureza;
Que dizes nos cercar com tal vasteza;
De portentos de toda bela sorte.
Fala-me como eu vejo o que tu contas,
Pois, p’ra todo lugar que tu apontas,
Tudo é vil, tudo é cinza, tudo é morte!
Ivan Eugênio da Cunha
Fala-me destes lírios que tu vês,
Suas cores, olor, toque de seda.
Fala-me p’ra que tua voz me ceda;
Os lírios que tu vês com nitidez.
Fala-me deste céu com vividez,
Seu azul, esplendor, luz alva e leda.
Fala-me p’ra que tua voz me ceda;
O céu, com sua vasta placidez.
Fala-me desta pulcra natureza;
Que dizes nos cercar com tal vasteza;
De portentos de toda bela sorte.
Fala-me como eu vejo o que tu contas,
Pois, p’ra todo lugar que tu apontas,
Tudo é vil, tudo é cinza, tudo é morte!
Ivan Eugênio da Cunha
2 comentários:
Sensibilidade e técnica. Perfeição que toca o leitor. Um mundo visto por outros olhos. Belíssimo!
Obrigado pelo comentário, Chloe.
Postar um comentário