
Se eu sou voraz pantera, tão felina,
senhora desse encanto e tanta graça,
que o corpo teu inteiro assim enlaça,
que tanto te seduz e te alucina...
Se eu tenho o faro bom e a garra fina,
tu és a minha tenra e dócil caça,
que a mim s’entrega inteira, beija e abraça,
por sobre a fina relva da campina.
Se assim me farto porque a ti devoro,
e uivo qual pantera em pleno cio,
voraz felina que depois descansa...
Se solto esse meu uivo tão sonoro,
que ecoa dentro em ti horas a fio,
por certo me tornaste a caça mansa.
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