Inolvidáveis tardes, ternas, pantaneiras,
de sussurrantes águas, segredando amores,
brincando sobre as relvas ou beijando as flores,
lambendo os jacarés, aos montes, pelas beiras.
Ao longe, dos ninhais, se ouviam mil rumores,
Dos pássaros, das garças, brancas e faceiras,
O gado, a mugir, na sombra das mangueiras,
E a flutuar canoas, com seus pescadores.
Ah! Tempos de fartura! Cheiros de jasmim!
De índios e caboclos, tempos bem diversos,
de redes nas varandas, roças ribeirinhas.
Tempos que longe vão, mas vivem dentro em mim,
Na entranha de minh’alma, onde gesto os versos,
Na intimidade morna das saudades minhas.
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