A esfinge, Franz von Stuck
Volto aqui, adorável Margarida,
Empunhando meu velho alaúde
Que embalou nossa triste despedida.
Companheiro de minha solitude,
Instrumento fiel por toda vida,
Desde quando jazias no ataúde.
Fui expulso da aldeia confrangida,
Acusado de ter vossa virtude,
Encantado ao toque de meu plectro.
Acontece que, hoje, eu espectro,
Retornei sem um ganho, sem um lucro,
Pondo fim (e que fim) à solidão,
Entoando já morto uma canção
De tristeza, vagando em teu sepulcro.
3 comentários:
Uma canção que surpreende com algumas rimas. Adoro sonetos.
Que estréia! Aliás, amo este pintor!
Parabéns pelo soneto. Gente, posso escrever sobre a antologia amanhã? Eu preciso conversar com Gabriel e hoje não tivemos tempo. Boa noite!
Que estreia, oh Bardo!
Um soneto finíssimo...Parabéns!
(eu sempre acho graça quando o Rommel tenta começar um bate-papo com os comentários!)
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