Tenho uma lembrança vaga
Das vagas de minha terra,
Onde o campo é todo verde
E o mar de um verde azul,
Onde o sabiá canta no norte
E a neve cai aqui no sul.
Os rios são córregos de leite,
As estrelas botões abertas no céu.
Mais vindouros os nossos sonhos
Quando na boca o gosto do mel.
A flor desabrocha dentro do vale,
Deixando na relva o perfume
Como o vento que dobrou o caule
Causando na flor um queixume.
O viajante sobe sobre as dunas,
O céu é celeste e todo lavado
De uma chuva vinda da montanha
Que cai também sobre o prado.
Tenho uma lembrança vaga
Das vagas de minha terra,
Onde o campo é todo verde
E o mar de um verde azul,
Onde o sabiá canta no norte
E a neve cai aqui no sul.
Alves Rosa
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