Um vulto que caminha no deserto,
E flutuando vai por sobre a areia,
E flutuando vai por sobre a areia,
E o vento forte sua tez golpeia,
Não há ninguém e nada há por perto...
*Assim se vai ao léu, sem rumo certo,
Em nada mais se ancora ou se esteia,
Não sofre, nem deseja, nada anseia,
Segue sozinho e com destino incerto...
*
Longe se vai, fugindo do tumulto,
Nada mais quer e nada mais almeja,
Flutua no silêncio que lhe apraz!
*E nada é além de um nobre vulto,
Etéreo vulto que sozinho andeja
Levando dentro em si a luz, a paz...
2 comentários:
Essa Edir precisa lançar um livro com esses sonetos!
Edir, vc recebeu o meu e-mail?
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