Já tarda, finda o ano, e as esperadas
Chuvas sagradas 'inda não chegaram...
Os vultos lutuosos campos aram,
Sobre corcéis em ágeis cavalgadas.
As frutescidas horas não alçadas,
Relembram-me daqueles que passaram,
E o sofrimento de outros que ficaram
Na agonia e dor das estiadas...
Já tarda, finda o ano, e a derradeira
Esperança habita o peito arfante,
Aguardando as chuvas de Janeiro.
No ríspido chão brota uma caveira,
No céu noturno há só um diamante,
No cerrado só flora o Umbuzeiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário